Rumores intensos nos círculos políticos de Brasília e Washington sugerem que Donald Trump estaria prestes a recuar na ameaça de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo fontes próximas a ambos os governos, a decisão seria anunciada nas próximas semanas, com um elemento surpresa: o crédito da medida ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A estratégia, articulada em reuniões discretas entre assessores-chave, teria como objetivo transformar o recuo tarifário em uma vitória política para Bolsonaro. Trump buscaria fortalecer o aliado diante da base brasileira, destacando sua “influência decisiva” nas negociações. Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o gesto seria apresentado como resultado direto da “relação de confiança” entre os dois ex-mandatários.
Nos corredores do Planalto, a versão ganha força. Assessores de Bolsonaro já sinalizam que o recuo tarifário será usado como prova da “eficácia do seu canal direto com Washington”, contrastando com as tensões diplomáticas do atual governo. Do lado americano, a manobra atenderia a dois interesses: evitar retaliações comerciais que afetariam estados agrícolas republicanos e inflamar o eleitorado conservador brasileiro antes das eleições municipais.
Há indícios de que o tema foi tratado em encontros recentes entre lobistas ligados a Bolsonaro e o círculo de Trump na Flórida. Um deles teria dito:”Trump sabe que Bolsonaro precisa de um trunfo. E ele adora ser visto como o fazedor de reis”*.
Apesar do otimismo no campo bolsonarista, setores do governo Lula reagem com ceticismo. Um ministro ouvido em off ironizou: *“Se Trump reduzir tarifas, será por interesse próprio, não por caridade. Querem transformar obrigação econômica em heroísmo”*.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, analistas ponderam que o movimento pode ser parte de uma estratégia eleitoral de Trump para:
Demonstrar força negociadora a eleitores rurais;
Enviar um recado a Pequim sobre flexibilidade tarifária;
Cultivar imagem de líder global que recompensa aliados.
O silêncio oficial de ambas as partes alimenta a especulação. Se confirmado, o episódio marcará um raro caso de política externa brasileira sendo moldada por ex-presidentes em cena secundária — e provará que, nos bastidores, Trump e Bolsonaro seguem movendo peças no tabuleiro geopolítico.