Por Agenor Duque
Um novo projeto apresentado por parlamentares do PSOL tem causado revolta entre líderes religiosos e juristas em todo o país. A proposta prevê multas de até R$ 450 mil e até fechamento de igrejas que oferecerem aconselhamento, oração ou qualquer tipo de auxílio espiritual a pessoas que desejem deixar a homossexualidade. A justificativa do texto é “coibir práticas de discriminação”, mas críticos apontam o evidente risco de se transformar o Estado em censor da fé — um cenário impensável em uma nação cuja base moral, cultural e jurídica é judaico-cristã.
Especialistas alertam que a medida abre precedente perigoso: criminalizar o aconselhamento religioso, ato essencial à liberdade de consciência e de crença garantida pela Constituição Federal. Mesmo sendo o Brasil um Estado laico, isso não significa ser um Estado antirreligioso. Pelo contrário — os valores que moldaram nossa Constituição e os pilares da família brasileira têm suas raízes na tradição bíblica que sempre sustentou a vida civilizada do Ocidente.
Pastores, padres e líderes evangélicos de várias denominações veem no projeto um ataque direto à liberdade de culto e à autonomia das igrejas. “A fé não pode ser tratada como crime”, reagiu um teólogo em Brasília. Para os críticos, legislar sobre temas espirituais é ultrapassar o limite da laicidade e instaurar uma forma de perseguição ideológica, travestida de tolerância.
A imagem de uma Bíblia acorrentada e marcada por uma multa milionária viralizou nas redes como símbolo de resistência. O gesto expressa o medo de que a mesma nação que acolheu o Evangelho agora o silencie sob o peso de multas e tribunais morais. Ao punir quem ora, aconselha ou estende a mão, o Estado se coloca acima da consciência individual e do livre-arbítrio — princípios sagrados tanto para a fé quanto para o direito.
O debate ultrapassa o campo político: trata-se de uma batalha espiritual e civilizacional. O Brasil, maior país cristão do mundo, não pode permitir que a fé que moldou sua história seja amordaçada por ideologias que tentam reescrever os limites da liberdade. Defender a família, a moral e a fé não é retrocesso — é preservar as bases que mantêm de pé toda sociedade que ainda acredita em Deus.