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Mostra em São Paulo traz cotidiano do povo indígena paiter suruí

by Redação
18/10/2025
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Mostra em São Paulo traz cotidiano do povo indígena paiter suruí
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Restam poucos dias para visitar a exposição Paiter Suruí, Gente de Verdade: um projeto do Coletivo Lakapoy, que traz mais de 900 fotografias que ocupam todas as paredes do enorme salão onde foi montada. A mostra fica aberta até o dia 2 de novembro, no Instituto Moreira Salles (IMS) Paulista, em São Paulo. 

Para não ter seu modo de viver indevidamente apropriado ou deturpado, os paiter suruí, que têm aldeias no Mato Grosso e em Rondônia, se organizaram para mostrar um pouco de quem são. As fotografias foram produzidas e guardadas desde a década de 1970, quando os paiter tiveram os primeiros contatos com a câmera fotográfica, por meio de missionários. 

Algumas imagens podem surpreender parte dos visitantes da mostra por serem associadas a pessoas não indígenas. Há fotos posadas e com a pessoa fotografada vestindo peças acetinadas, de veludo ou cetim. Ou retratos de festas de aniversário de criança, com doces, refrigerantes e salgadinhos, além de festas de casamento com noivos de terno e vestido branco e véu.

O fotógrafo Ubiratan Gamalodtaba Suruí conta que a maioria das fotos é de sua família e o processo de coletá-las foi bastante longo. Segundo ele, os paiter decidiram não dar destaque a fotos específicas, pois todas as imagens são consideradas importantes. 

“Toda fotografia tem uma história e, se a gente tirar uma da parede é a mesma coisa que tirar a história daquela pessoa. Como a gente vai recontar a história dos paiter suruí tirando a história daquela pessoa? A gente vai manter, como muitos historiadores vão contar, narrar a partir do seu ponto de vista”, detalha. 

A exposição também traz fotos de lideranças políticas do povo paiter suruí reunidas com autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de pessoas em fotos que parecem selfies, com óculos escuros. 

Em uma das fotos em preto e branco, é possível ver uma das intervenções que os paiter suruí fizeram, colorindo com canetinha hidrocor objetos que aparecem nas fotos. O gesto não parece tão inusitado quando se pensa na colorização pela qual passam fotos antigas monocromáticas. 

“É o início de um projeto, não é o acervo final. É apenas o acervo de cinco ou seis aldeias que a gente conseguiu visitar e de quem conseguiu catalogar para a exposição. A gente vai dar continuidade até abranger todas as aldeias, que são aproximadamente 40. A gente quer envolver todo mundo, porque é uma forma de recontar nossa história”, diz Ubiratan. 

Segundo o fotógrafo, na hora de reunir o material os próprios fotografados descreveram as imagens em que aparecem, sem intermediários. Nem mesmo ele interferiu nas narrações. Por isso, muitos textos estão na primeira pessoa.


São Paulo (SP), 16/10/2025 - Exposição Paiter Suruí, Gente de Verdade. Um projeto do Coletivo Lakapoy, no IMS Paulista. Foto: Maria Clara Villas/IMS
São Paulo (SP), 16/10/2025 - Exposição Paiter Suruí, Gente de Verdade. Um projeto do Coletivo Lakapoy, no IMS Paulista. Foto: Maria Clara Villas/IMS

São Paulo (SP), 16/10/2025 – Exposição Paiter Suruí, Gente de Verdade. Um projeto do Coletivo Lakapoy, no IMS Paulista. Foto: Maria Clara Villas/IMS – Maria Clara Villas/IMS

Fotografia

Ubiratan Gamalodtaba, o primeiro fotógrafo profissional dos paiter, é, atualmente, coordenador de políticas públicas indígenas, no governo de Rondônia. Ele saiu de sua aldeia aos 16 anos de idade para concluir os estudos na zona urbana, diferenciando-se dos irmãos mais velhos, que terminaram somente o ensino fundamental, por causa da falta de escolas dentro da comunidade ou perto dela. 

Sua iniciação na atividade em que viria se profissionalizar veio de maneira discreta e lenta, quando fazia registros de uma associação de seu povo. 

“Comecei a estagiar, participava das reuniões, tirava foto com aquelas câmeras pequenininhas, foto de reunião, de artesanato. No início eu não via como uma forma de resistência, não tinha essa noção ainda. Depois fizemos o mapeamento cultural e fui entender um pouquinho que pode ser um modo de monitorar nosso território das invasões”, relata. 

Em 2016, Ubiratan integrou a equipe de produção do documentário Ex-pajé, disponível em alguns streamings e que, sob a direção de Luiz Bolognesi, mostra para o exterior fatos de sua aldeia que até hoje têm consequências. Segundo Ubiratan, o longa fala do extermínio dos pajés pelas mãos dos brancos colonizadores.


São Paulo (SP), 16/10/2025 - Exposição Paiter Suruí, Gente de Verdade. Um projeto do Coletivo Lakapoy, no IMS Paulista. Foto: Maria Clara Villas/IMS
São Paulo (SP), 16/10/2025 - Exposição Paiter Suruí, Gente de Verdade. Um projeto do Coletivo Lakapoy, no IMS Paulista. Foto: Maria Clara Villas/IMS

Exposição mostra o cotidiano dos paiter suruí, no IMS Paulista. Foto: Maria Clara Villas/IMS

Contexto 

Uma das curadoras da mostra, a pesquisadora e arquiteta Lahayda Mamani Poma, indígena aymara, ressalta que alguns visitantes podem se frustrar ao não ver predominando fotos de situações que consideram inerentes ao universo dos povos originários.

A pesquisadora destaca que o contexto próprio de cada povo importa, ao explicar o que uma foto com duas mulheres representa. Entre os paiter suruí, há o costume de ficar com o corpo sobre outra pessoa, cabendo a esta a função de plantar o inhame. A posição, acreditam eles, ajuda no fortalecimento da planta. Ambas são esposas de um mesmo homem. “Há aspectos afetivos. As duas estão fazendo força, é lindo. A gente mostra a cultura com a contemporaneidade”, complementa.

“Tem também uma coisa do ponto de vista do fotógrafo, que está de cócoras. Raramente a gente vê um fotógrafo de cócoras para tirar uma fotografia. Está na linha do olho da criança. O olhar também é uma coisa muito importante, são olhares de familiaridade, de confiança”, observa ela.

Como classifica a arquiteta aymara, o trabalho de militância junto à base, no percorrer das aldeias para elucidar no que consistiria o projeto, impressiona.

“Eles vão da Terra Indígena Sete de Setembro e passavam de aldeia em aldeia. É um projeto político, diplomático e artístico para ter acesso a esses acervos familiares. Então, significa muito a pessoa ter confiança de entregar fotos da família dela, para digitalização”, diz.

Ela lembra que, nas décadas de 70, 80 e 90 não era barato tirar fotografia e revelar os filmes. “Eles faziam tudo isso e guardavam essas fotos. Além de tudo isso, estão com um acervo de importância”, acrescenta.

Lahayda Mamani Poma afirma que, para ela, as interferências feitas nas fotos transformam o conjunto de fotos em algo fortemente mutável. 

“É um arquivo vivo, é uma outra relação com a imagem. Não é que a fotografia fez um registro histórico e a história é aquilo que ela registrou. Não, isso é editável, assim como a memória também é. Quando perguntam, por exemplo, a um casal, como eles se conheceram. Toda vez que você perguntar, vão contar de uma maneira diferente, porque a história vai sendo reeditada, e é assim que a memória funciona e como eles trabalham com a fotografia.”

A curadoria é compartilhada com a líder e ativista Txai Suruí e Thyago Nogueira, coordenador da área de Arte Contemporânea do IMS. A supervisão ficou a cargo do cacique-geral Almir Narayamoga Suruí, nome fundamental do movimento indígena no Brasil.

A exposição Paiter Suruí, Gente de Verdade: um projeto do Coletivo Lakapoy pode ser visitada até o dia 2 de novembro, de terça-feira a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h. A entrada é gratuita.



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