
A foto de Carta Capital mostra a cena que expõe a truculência da ação comandada pelo governador fluminense, Cláudio Castro (PL-RJ)
A Operação Contenção, sob o comando do governador Cláudio Castro, evoca um paralelo sombrio com as práticas do regime nazista. Assim como a polícia de Hitler executou milhares sem julgamento, a gestão estadual no Rio já soma quase duas mil vítimas da truculência de Castro. O Estado de Direito é substituído por uma lógica autoritária em que a execução sumária vira política de Estado. Este é um perigoso desmonte dos fundamentos democráticos.
A última ação policial, com seus cento e vinte e um mortos, consolida esta trágica trajetória. A suposta “contenção” revela-se, na verdade, uma operação de extermínio, cujo espetáculo de violência serve a interesses escusos. A estratégia clara é arrastar o governo federal para o centro do caos institucional. Trata-se de um cálculo político que usa cadáveres como moeda eleitoral.
A reunião restrita a governadores de direita expõe o verdadeiro jogo em curso. Por que não convocar todos os entes federativos para um problema nacional? A resposta é evidente: o crime organizado serve de pretexto para uma articulação autoritária. O objetivo final não é a segurança pública, mas a construção de uma plataforma eleitoral baseada no sangue e no medo.

