
Por Agenor Duque
No coração de Israel, um fragmento do passado está mudando a forma como o mundo enxerga a fé cristã. Arqueólogos anunciaram a descoberta de um mosaico do século III na antiga cidade de Megido, uma peça que menciona em grego o nome de “Deus, Jesus Cristo” e reacende o debate sobre quando, de fato, surgiu o reconhecimento da divindade de Jesus.
A revelação provocou espanto entre estudiosos de diversas correntes. A peça, encontrada no piso de uma antiga residência romana, parece ter pertencido a um centurião convertido ao cristianismo. Gravado em suas pedras está o tributo: “Em memória de Akeptous, que ofereceu esta mesa ao Deus Jesus Cristo.”
Pesquisadores afirmam que o artefato representa uma das mais antigas evidências de adoração direta a Cristo, provando que a fé no Filho de Deus não nasceu de concílios ou decretos imperiais, mas de comunidades que já se reuniam para honrá-lo séculos antes da oficialização do cristianismo.
Um achado que ecoa séculos
O mosaico foi levado para o Museum of the Bible, em Washington, onde se tornou o novo centro das atenções. Sua inscrição, simples e direta, confronta séculos de dúvidas e revisões históricas.
Céticos e acadêmicos laicos reconhecem que a descoberta é uma das mais impactantes da arqueologia moderna. O que antes era tratado como lenda, agora tem registro em pedra: cristãos do século III chamavam Jesus de Deus.
Esse testemunho silencioso reforça a confiabilidade dos evangelhos e revela uma liturgia já consolidada, a mesa, o culto e a confissão pública, tudo existia muito antes de Constantino ou do poder de Roma.
As pedras que proclamam
Em tempos de ceticismo crescente, a terra de Israel fala outra vez. Megido, lugar de antigas guerras e profecias, agora entrega ao mundo uma mensagem gravada nas rochas: a fé dos primeiros discípulos resistiu às perseguições e sobreviveu às eras.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”
“Antes que Abraão existisse, Eu Sou.”
Essas palavras ecoam do passado como um selo da eternidade.
Para uns, o mosaico é arqueologia; para outros, é profecia materializada. Mas, para quem crê, é o lembrete de que a verdade não precisa ser defendida, apenas descoberta.
Assinado: Agenor Duque


